Wednesday, May 13, 2009

TUDO ÀS 11 HORAS

Seria proposital?

Por Liana Clara Oliveira

Não sei se isso acontece em todas as famílias, mas em muitas das que conheço é comum comentar que as crianças sempre começam a sentir algum mal estar por volta das 10 ou 11 horas da noite. Parece um complô, na hora em que os pais já estão no máximo do seu cansaço, pedindo a Deus que a garotada durma para terem uns momentos de intimidades, aparece uma carinha, com olhos compridos, dizendo sentir algum sintoma: Dor de barriga, ou dor de cabeça, ou até dor na unha do pé!

O que fazer?

Nestes momentos precisamos clamar por todos nossos bons sentimentos e buscar forças neste amor sublime de pais e então começar uma nova jornada de trabalho. Muitas vezes, estes pequenos males são provenientes de uma falta de sono,ou de muita agitação a noite ou o simples fato de buscar um aconchego maior. Sabemos o quanto as crianças são espertas e sabem por onde podem nos minar. Fazem o que podem para prolongar as horas da noite acordados.

O Medo

O medo também é um ingrediente favorável a estas atitudes noturnas. Tem criança que desenvolvem muitos medos e eles tornam-se enormes quando a luz se torna fraquinha.

Conheci uma criança que não podia ouvir na TV que estava acontecendo uma Epidemia, seja lá onde fosse que logo começava a sentir os sintomas, como dor de garganta, não conseguia engolir mais e por aí a fora. O medo faz com que eles não queiram ficar sozinhos na hora de dormir.

O costume de fazer uma leitura ao colocá-los na cama, ajuda a relaxar e faz com que tenham bons pensamentos que os embalem até conciliarem o sono. Porém todo cuidado é pouco na hora de escolher o livro. Já soube de um pai que contando uma história, pelo meio dela, falou em índios canibais, e logo foi interpelado pela ouvinte: _ "O que são canibais?", o pai prontamente começou a explicar não faltando ilustrações para descrevê-los, e ao mesmo tempo os olhinhos da menina já estavam prontos para saltarem das órbitas, quando a mãe apareceu e contornou a história mudando seu rumo. Mas pela madrugada o casal recebeu a visita da menininha assustada que logo mergulhou entre os pais, abraçando seu porto seguro, sua mãe.


Quando temos crianças medrosas precisamos redobrar os cuidados para que cresçam saudáveis , animando-as, levando-as a ver que muito dos seus medos e sintomas são frutos da sua imaginação e inseguranças interiores. É preciso não fazer vista grossa, enfrentar, perguntar:
" Esta com medo de quê?, Porquê? Como vamos vencer este medo?".

Não é ignorando que vamos conseguir ajudar nosso filho ou filha. Aliás, meninos também sentem medo. Admitir o medo é um primeiro passo, depois pensar nas causas e por fim ajudá-los a por os meios para vencê-los. É divertido aprender a usar artifícios humanos para ganhar coragem. Como por exemplo pra quem tem medo de falar em público, imaginar os outros gaguejando também.

Mas também existe o medo necessário, não é bem medo é sentido de preservação. Uma criança destemida pode ser um perigo para ela mesma. Temos que mostrar que existem coisas que devemos temer, como uma rua para atravessar, uma tomada em casa, um fogão aceso, um banho de mar em águas revoltas, aqui entra lições de LIMITES.

Nós ensinamos os nossos filhos nos pequenos acontecimentos de cada dia. Por exemplo, Não se chega no horário certo na escola por medo da bronca da diretora, mas porque é importante para o bom funcionamento das aulas e do aprendizado do filho. É nosso DEVER - o que futuramente servirá para que este mesmo filho já tenha este bom hábito da pontualidade e não tenha medo de seus superiores quanto tiver um trabalho para apresentar e um horário para chegar, isto não o perturbará.

Quantos adultos vemos cheio de medos, muitos cultivados desde a infância, conseqüência de algumas desordens provocada por vícios adquiridos pelo mau exemplo de seus pais.

Poderia falar aqui de muitos medos, mas vamos deixar para outra ocasião, tenho medo de cansá-los!!!

Rir ainda é o melhor remédio para curar todos nossos medos. Rir de nós mesmos, rir das nossas fraquezas, para tirarmos delas sua real importância.


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