EmContando – 24 - Assim eu vejo a vida

 Uma homenagem ao  dia da mulher .

 Assim eu vejo a vida
                                 Cora Coralina
A vida tem duas faces:
positiva e negativa.
O passado foi duro
mas deixou o seu legado.
Saber viver é a grande sabedoria.
Que eu possa dignificar
minha condição de mulher,
aceitar suas limitações
e me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempo rudes
aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.

“Penso no que faço, com fé.
Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor,
Pois bondade também se aprende.”

       Cora Coralina

 Cora  Coralina nasceu na cidade de Goiás a 20.08.1889 e faleceu em Goiânia a 10.04.1985. Cursou apenas as primeiras letras com Mestra Silvina. Começou a escrever poemas e contos aos 14 anos de idade. Casou-se e teve 6 filhos. Fica viúva em 1934 e em 1956, com os filhos casados, decide retornar sozinha para sua terra natal de onde saiu ao se casar.  Em 1965, aos 75 anos de idade, publica seu primeiro livro : “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais”.
Foi sempre vista como uma mulher extraordinariamente lúcida, inteligente e sagaz. Recebeu vários prêmios, títulos, certificados e comendas.

Obs.: Meu   carinho por Cora Coralina nasceu ao visitar sua velha casa  em 2002, pouco antes de sua querida Goiás Velho ter sido praticamente destruída por um inesquecível temporal. A cidade foi restaurada e sua casa também. A chuva, a lama, o vendaval abalaram, machucaram, feriram sua velha morada, mas seu talento e sua grandeza estão preservados em seus escritos e na lembrança de quem a conheceu.
                                                           Agnes G. Milley