Friday, September 11, 2009

A beleza – Como o arroz: Acompanhamento

Já ouvi alguém dizer que a beleza numa pessoa é igual ao arroz na alimentação (pelo menos para os ocidentais) – é o acompanhamento.

Vocês já viram como cai bem um arroz fresquinho, bem feito com um suculento bife ou um peixe a doré? É um alimento que combina com quase tudo, o arroz, mas sozinho não tem muita graça. Assim é a beleza, ela é importante, é bem vista quando acompanhada de outros “pratos chefes”, como simpatia, educação, docilidade, cultura, firmeza de caráter e outras virtudes também importantes.

Quem já foi ou é bonita pode nos contar "de carteirinha" sobre o assunto. Já sentiu na pele o quanto se torna desagradável e perde parte do encanto quando se é pedante, vazia, superficial, com ares de superioridade, querendo ser o prato principal e não tem conteúdo substancial.

Que o Vinícius me perdoe, mas se beleza fosse fundamental, não haveria tantas belas e tantos belos mal amados. Um homem ou uma mulher bonita precisam cultivar sua inteligência, porque não há nada mais ridículo do que um “belo=burro” ou “músculos sem cérebro”.

Por mais que a medicina avance no campo da cirurgia plástica e dos cuidados com a estética do corpo, a beleza tem seu tempo de validade. Vejam que nestes dias observei uma figura pública da TV e notei seus “reparos estéticos”. Eles não conseguiram mudar a ação do tempo, mas conseguiram transformá-la numa caricatura do que era quando mais jovem e a fisionomia ficou artificial. No caso em questão o carro chefe da personalidade era a beleza, sem outros atrativos, logo a audiência só tenderá a cair, pela falta de conteúdo, o que ainda salva é a mídia que vai dando alguns empurrões para que continue em alta.

Vamos ensinar a nossos filhos a serem cuidadosos com o físico, mas nas devidas proporções. Que o belo nunca esteja acima de um bom caráter, da inteligência ou das virtudes. A beleza interior ressalta aos olhos e embeleza o todo.

O maior problema pra quem só vive desta parte, é que um dia vai constatar que “o tempo passou na janela e só Carolina não viu” – ( Chico Buarque)

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