Saturday, November 13, 2010

Viagem à China: curiosidades e contradições do outro lado do mundo. Parte 3: Shangai e os templos

Por Elaine Sobral da Costa

Eu tinha muita curiosidade com os templos, visitamos dois templos budistas e um taoísta (neste último os monges não são carecas, têm cabelo grande preso como de samurai). Um dos templos budistas era o templo do Buda de Jade. Parte dele é bastante turística e você paga para visitar o tal Buda de Jade. Entretanto, há uma parte bastante viva, com a cerimônia dos monges aberta ao público e tudo mais (foto 7). Minha maior surpresa foi o agito. Pensei que o templo budista seria uma coisa zen, de meditação sobre o eu profundo... Nada disso, é uma bela confusão de gente. Um amigo me disse que no Japão é completamente diferente e calmo, mas na China não.

O segundo templo budista, chamado Longhua Si, era um pouco mais afastado do centro e foi muito mais interessante pelo movimento religioso que havia. Um templo com uma área aberta enorme e várias subunidades cobertas, inclusive um pagode. Nessas áreas cobertas, paredes inteiras com variados budas dourados (foto 8), um ou outro com cabelo, uns mais sorridentes que outros. Do lado de fora, me chamou a atenção que várias pessoas faziam pequenas dobraduras em formas variadas e as jogavam em grandes sacos vermelhos.

Depois destes completamente cheios, as pessoas postavam-se com eles diante de grandes caldeiras de fogo e, após rezarem, queimavam-nos completamente. Depois de todo trabalho que tiveram para fazer as dobraduras! Não sei até hoje o real significado, mas me pareceu um impressionante exercício de desapego. Enfim, é uma bela e curiosa cidade, cheia de contradições entre a tradição e a modernida, entre a delicadeza e o primitivismo, cidade com cara de capitalista na China comunista.

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