Hoje faço trinta e oito anos de casada. Aliás, fazemos - meu marido e eu. E posso dizer que ainda é pouco tempo, para quem quer uma eternidade para amar.
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Acho que tudo sempre deu certo entre nós, porque nos propusemos a fazer do nosso casamento algo que só a morte pode nos separar, e também porque buscamos constantemente recuperar o rumo e ver no outro aquilo que nos encantou no primeiro encontro.
Além do mais, somos muito diferentes. Mas, como dizia minha mãe: “os opostos se atraem”. Ele é sempre calmo, contido, carinhoso; eu sou agitada, falante, meio “secarrona”. Ele gosta de caroço de feijão e eu do caldo; ele gosta de dormir cedo e eu adoro ficar até tarde acordada; ele não gosta de lidar com o mundo cibernético e prefere fazer da internet apenas um objeto de trabalho, sem deixar seus rastros - e eu adoro isso aqui e perco muito tempo fazendo viagens "internéticas", descobrindo o mundo sem sair de casa.
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Poderia citar muitas outras diferenças, como, por exemplo, o fato de ele gostar de comida fria e eu dela pelando; de ele, mesmo no inverno, tomar banho quase frio, e eu, imaginem, o mais quente possível! Mas, todas essas diferenças sempre foram razão para somar, para acrescentar mais em um e no outro. Aprendemos a palavrinha mágica do casamento: doação.
Tivemos nove filhos e precisamos nos adaptar: passamos da adição à multiplicação. Não nos dividimos por sermos muitos; multiplicamos a capacidade de amar e nos demos e nos damos por inteiro, como um limão espremido, mas com um doce açúcar no meio, deixando tudo com sabor de aventura e de amor renovado.
Não pensem, meus caros amigos, que tudo sempre foi um mar de rosas! Tivemos neste mar muitas ondas, muitos peixes e muitos altos e baixos. Porém o tempero principal nunca faltou: Deus. Ele sempre esteve presente, aparando as nossas arestas e nos fazendo recuperar o rumo. E é assim até hoje.
Graças a Deus, hoje são 38 anos de vida em comum de um amor concreto e sadio, forjado na nossa luta diária, buscando a cada dia amar sempre mais um pouquinho.
Bem, é claro ninguém é perfeito, quando surgem alguns mal- estares, o que se sente incomodado, chateado ou irritado, faz uma lista das qualidades do outro e vê que as coisas boas suplantam as diferenças do momento.
E assim... nós vamos vivendo de amor!
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