Por Maria Teresa Serman
Gianna foi educada com piedade e amor à vida, sendo a décima de treze filhos. Confiava na Providência Divina e a ela entregava sua existência e seus projetos, sempre rezando fervorosamente. Foi voluntária no trabalho com pobres e idosos, enquanto estudava com afinco para se formar em medicina e cirurgia na Universidade de Pávia, o que conseguiu em 1949. Considerava seu trabalho como médica um meio de servir a Deus e ao próximo. Era bastante generosa em sua dedicação à Ação Católica, movimentos de leigos em prol do apostolado e da caridade.
Contudo, essa abnegação não a tornava circunspecta ou distante, pelo contrário. Gostava de esquiar nas montanhas, era muito alegre e amante de reuniões e festejos com os amigos. Muitos confundem erroneamente santidade com afastamento das outras pessoas e atitudes fora do normal. A santidade pode ser fruto de uma luta otimista no meio do mundo, porque nem todos têm vocação religiosa. Gianna percebeu que seu destino era casar e formar uma família cristã. Casou-se com Pietro Molla, na Basílica de S. Martinho, em Magenta, em 24 de setembro de 1955. Equilibrava sua vida entre as responsabilidades de esposa, mãe e médica.
Sua gravidez transcorria normalmente, ao passo que a doença se agravava. Até o último momento da gravidez manteve-se firme em sua opção, repetindo-a ao médico. Assim, na manhã de 21 de abril de 1962, nasceu Gianna Emanuela, saudável e perfeita. Porém, sua mãe, Gianna, veio a falecer uma semana depois, com dores atrozes. Suas últimas palavras foram "Jesus, Jesus, eu te amo" , frase que repetia durante todo o seu sofrimento. Tinha 39 anos quando foi para o céu.
Deixou muita saudade e exemplo de fé inquebrantável, alegria constante e amor total. Está sepultada no cemitério de Mesero, perto de Magenta. Foi beatificada em 24 de abril de 1994, e canonizada em 16 de maio pelo mesmo papa, o Beato João Paulo II. Em sua última visita ao Brasil, no encontro com os cariocas no Maracanã, Sua Santidade recebeu com muito carinho o viúvo de Gianna e a filha por quem ela deu a vida. Foi muito tocante assistir à cena. Era como se a própria Gianna estivesse presente.
No comments :
Post a Comment