Friday, December 14, 2012

EmContando – 12

 Por Agnes G. Milley
Quando eu era criança, não conhecíamos o Papai Noel. Eram os anjinhos que   traziam os presentes e até a árvore de Natal. Meus pais eram húngaros e morávamos numa pequena aldeia na Alemanha nos difíceis anos Após -Guerra. 

Lembro-me bem de um Natal, muito em especial.  No dia 24 de tarde, Papai saiu sem dizer para onde ia e mamãe, depois de algum tempo, passou a nos distrair no pequeno cômodo que nos servia de cozinha.  Ao escurecer,  passamos a ouvir  suaves   ruídos vindos do quarto. Depois,  luzes piscaram por debaixo da porta e pelo buraco da fechadura.


“Devem ser os anjinhos que estão preparando a Festa do Menino Jesus”, disse mamãe, e depois , tentando acalmar nossa agitação: “ PSssssss....  quietos,  eles podem se assustar”.  Quietos, mas com o coração   acelerado e a emoção à flor da pele,  esperamos o sinal de abrir a porta.  Foi uma sinetinha que tocou, bem baixinho.  Esperamos  alguns minutos  para dar tempo aos anjinhos partirem e, claro, para papai chegar pela porta da cozinha. 


Esplendoroso!  O belo pinheiro verde, ainda molhado e o queimar das   velinhas que o enfeitavam  perfumaram o pobre quarto que era, então, nosso lar.  Além das velas, biscoitos e balas embelezavam nossa árvore.  Essas, feitas por mamãe com a nossa ajuda. (Deixamos tudo prontinho para os anjinhos  fazerem a decoração.)  Em redor da árvore, vestidos com nossas melhores roupas  ,  cantamos  belas canções de Natal para embalar Jesus e nossos próprios corações. 


Esse quadro está impresso em minha memória. Pena não poder fotografá-lo. Fechem os olhos e tentem imaginá-lo.


Comecei falando de Papai Noel e agora vou falar mais um pouco. Papai Noel ganhou fama e agora é a ele que as crianças se dirigem com confiança para pedir isso e aquilo no Natal.  Felizmente ainda há adultos que não deixam os pequenos esquecerem  o motivo da festa.  Sendo assim vou transcrever   um encantador poema de Lalau, autor muitas vezes premiado.  (Podem conferir na  Internet – Lalau poeta). 

Desejos


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