Thursday, June 18, 2009

A emoção de saber que vai ser avó


por Maria Teresa Serman

Rita Lee, com seu jeito irreverente e gaiato, disse há pouco tempo, em uma entrevista,que, se soubesse que era tão bom ser avó, não teria nem sido mãe antes. Ela ganhou uma netinha, depois de três filhos homens.

Só passei, até agora, pela emoção de dar à luz cinco vezes. O "só" não significa "pouco", acreditem, é que ainda não alcanço bem como é ser coadjuvante do nascimento de alguém já tão amado. De sogra a avó, é um acréscimo delicado, não se pode bancar a sábia, enchendo a nora de conselhos e recomendações. Minha nora é ótima, dona de um bom humor inalterável e de uma paciência infinda. Acertaram: por isso nos damos tão bem.


Fui uma mãe muito severa com os três primeiros filhos e "frouxa", na isenta avaliação de duas dessas cobaias, com os dois menores. Preciso acreditar que essa frouxidão se deveu à experiência e sabedoria adquiridas durante o padecer no paraíso, e não ao que as más línguas filiais diagnosticaram como "velhice".


Portanto, sabedoria ou fraqueza, o que quiserem, espero ser para os meus netos, em primeiro lugar para este querido ou querida(ainda não sabemos), um amálgama de aconchego e encaminhamento,diversão e instrução, fonte de amor incondicional como acredito que fui e sou para os meus filhos, apesar dos meus incontáveis defeitos.Antes de tudo, o que peço a Deus, desde que recebi essa notícia, é que possa ser uma avó como é minha mãe, a melhor instrutora no amor a Ele para seus netos, alfabetizadora exemplar nas primeiras letras e nas principais verdades do amor de mãe e avó.

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