Thursday, June 25, 2009

Fraldas: Do pano ao high tech

Como tudo neste mundo funciona como um pêndulo de relógio, assim esta acontecendo com o assunto fraldas.
Já faz muitos anos à fralda de pano foi considerada objeto pré-histórico e posta de lado, com o advento da fralda descartável. Todas as mães e vovós modernas só queriam saber das descartáveis, muito mais práticas, de fácil limpeza e fácil troca. Podendo ficar muito mais horas no bebê sem precisar trocar, visto absorver tudo e deixando o bebê sempre sequinho.

Hoje já vemos um movimento de retorno ao que é ecologicamente correto, a fralda de pano. Muitos ambientalistas reclamam do tempo de decomposição das descartáveis na natureza. O Japão já esta se voltando para uma fralda intermediária, tipo um “perfex” que pode ser reutilizada sempre que for xixi na fralda. Para o restante ela é descartável também.

Uma aventura pessoal - Túnel do tempo das fraldas

Como eu vivi a experiência das duas fases posso dar algumas dicas sobre o assunto.
A fralda de pano tem muitas coisas a seu favor, a natureza agradece, mas posso garantir que com elas a água do planeta fica temerosa quanto ao seu futuro na terra.

Vocês já lavaram fraldas de pano? Quando ela esta suja de xixi, mas também com marcas das pomadas contra assaduras? E outras sujeiras? Não é mole! Imaginem no inverno, quando a criança urina mais, e ao mesmo tempo fica tudo geladinho por baixo. É preciso pelo menos umas 15 fraldas de pano por dia num dia comum, num de inverno o número sobre para o dobro! E não estou exagerando.

Quando tive meu primeiro filho, não existiam quase fraldas descartáveis e também eram muito caras. Eu gastava em média, nos primeiros meses, umas 40 fraldas, mais as calcinhas de plástico e as fraldas de flanelas para a noite, por dia! Imaginem com duas crianças, aí a coisa ficava preta.

Varais e mais varais só de fraldas. Sem deixar de lembrar de que ainda tínhamos que clarear, alvejar, e depois passar a ferro para matar os possíveis micróbios do ar.

Depois de todo este trabalho vinha a hora da colocação, o bebê não é o boneco, ele se mexe, esperneia e muitas vezes torna a fazer xixi bem na hora em que abrimos a fralda. Bem, isso pode acontecer na troca de qualquer tipo de fraldas, mas com as de pano a demora da troca é maior, tem que dobrar no formato que fique mais pano próximo a região da urina, e tem também o uso do alfinete. Uma verdadeira arte, na hora de colocá-lo, para não espetar a criancinha indefesa, mas arteira.

Isto tudo eu vivi com meus 3 primeiros filhos, e no momento em que pude adquirir fraldas descartáveis a preços razoáveis quase fiz uma oração de agradecimento a seus inventores. E nem eram tão boas. Tinham poucas marcas e ainda não eram de flocogel.

E pra trocar a fralda de pano em situações de limites?
Como por exemplo num estádio de futebol, numa igreja, num restaurante? Sem contar que não existiam lenços umedecidos e que deveríamos levar de volta na bolsa até em casa, para lavar. Numa situação destas a mãe sempre se sentia uma verdadeira equilibrista de circo.
A criança no colo, fralda suja, o choro pelo incomodo, tudo ao mesmo tempo e o local nada apropriado. Era necessário levar o bebê ao banheiro, para molhar outra fralda de pano e depois limpá-lo com esta tal molhada e em seguida usar outra sequinha para enxugá-lo e por fim colocar fralda limpa com alfinete e calça plástica.

Ufa! Já estou me sentindo cansada só de lembrar. Depois de tudo, pegar um saquinho plástico e guardar tudo dentro para então voltar para a atividade em que estava. Nesta altura já nem sabemos bem o que estávamos fazendo antes. Quem sabe isso tudo não foi o que ajudou a causar Alzheimer em tantas mães do passado? É algo que é bem melhor cair no esquecimento.



Vivas a fralda descartável! Os naturalistas que me perdoem, mas acredito que vale o preço que pagaremos no futuro, pelo uso destas benditas fraldas.
Salvo algumas exceções os bebês já não têm alergias ao material descartável e agüentam bem, pois ficam sequinhos e felizes sem os incômodos dos alfinetes e elásticos das calças plásticas.

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