Texto de Rafael Carneiro Rocha
No planejamento arquitetônico da nova capital do Estado, o centro urbano foi concebido a partir de três avenidas (Goiás, Araguaia e Tocantins) que confluem para a parte mais elevada do terreno em que é fundada a sede do governo. Uma quarta avenida (Paranaíba), construída perpendicularmente àquelas três, arremata um traçado arquitetônico que evoca o manto de Nossa Senhora.
Cinturões verdes também estavam contemplados no projeto de Atílio Correia Lima. Hoje, a quantidade de árvores e matas faz de Goiânia a cidade com o maior índice de área verde do Brasil. Inclusive, a campeã mundial de área verde por habitante, Edmonton no Canadá, ganha de Goiânia por uma diferença pequena (100 metros quadrados por habitante contra os nossos 94 metros quadrados).
Construções em art déco, como o Teatro Goiânia e a antiga Estação Ferroviária, tornam a cidade como um das
Uma cidade moderna criada no interior do Brasil foi o desejo dos idealizadores de Goiânia.
Mas em sua construção muito material ainda fora carregado por mulas e carros-de-boi. De fato, a combinação do cosmopolitismo com um certo espírito provinciano cria uma identidade especial para a jovem Goiânia. Morar perto do local de trabalho e cultivar um bom espírito de vizinhança são alguns valores culturais de sua população de mais de 1 milhão e 200 mil habitantes.
Caminhar em parques arborizados, confraternizar-se com amigos em bares, assistir aos jogos dos clubes tradicionais no Serra Dourada e frequentar cinemas são alguns dos programas preferidos dos goianienses. Na religiosidade, destaca-se a romaria ao município de Trindade por uma passarela de 18 quilômetros, que muitos percorrem durante a época da Festa do Divino Pai Eterno.
De certa forma, gostar de Goiânia é como gostar de uma namorada da juventude, em que descobrimos virtudes permanentes e já cultivamos para o futuro uma história repleta de grandiosidades cotidianas.
Rafael tescreve o blog: http://memoriaeidentidade.wordpress.com/
No comments :
Post a Comment