Êta
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Quando começamos a ficar mais íntimos, achando que já somos donos, ele nos escapa. Como uma bola ou um carrinho à pilha, liberta-se de nossas mãos e assume
Não é possível ensinar a reconhecer O grande amor. Ele não é, nós O faremos. Claro que se precisa de dois seres basicamente compatíveis - não iguais, não tão opostos, com objetivos de vida comuns - para começar. “O nosso amor a gente inventa", sugeria o Cazuza. Inventa diariamente e nunca mais para. No que muitos encontram dificuldade e trabalho, e por isso desistem antes de construí-lo como pode ser, aí é que poucos, os afortunados persistentes ou teimosos felizardos, como preferirem, descobrem e perseguem seus encantos. Porque é perdendo que encontramos, e alguém muito sábio já disse isso com palavras semelhantes.
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Parodiando o poetinha, diria que, para viver um grande amor é preciso ser dele de corpo e alma, não de vários. Essa dedicação e o enlevo que dele extraímos será diretamente proporcional `a motivação que arrancamos do fundo de nós mesmos e lhe entregamos de graça, sem exigências de orgulho ou vaidade. Haverá altos e baixos, períodos de secura afetiva alternados com paixão profunda, porque assim somos nós, pessoas comuns. Não se vive da paixão, ela é apenas um dos compostos, e nem o mais importante, do amor. Este lhe é infinitamente superior.
Como saber se é um grande amor? Só se sabe depois de bastante tempo, tempo em que se plantou e colheu, tempo que continua nos testando, nos desafiando, nos seduzindo. Só quem se deixa aprisionar pelo verdadeiro amor sabe reconhecê-lo, embora muitos ouçam uma voz de sereia que os chama para as profundezas do vazio, da auto-satisfação, do espelho de Narciso. Assim não se reconhece O grande amor, pois ele não existe então.
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