Por Maria Teresa Serman![](https://encrypted-tbn1.google.com/images?q=tbn:ANd9GcQq9ARURMdIOylfcPcLNgP_dsa-5p9fzk-hLOF0KLmulGF0f_hY)
Ser carioca, mais do que um estado de espírito, é uma especialidade concedida magnanimamente por Deus, que já afirmaram ser brasileiro, então, por que não, também carioca? A "casa de branco", significado indígena para o nome carioca, é tão grande que abarca todos os que aqui nasceram, aqui vivem, apesar de terem nascido alhures, amam o Rio e se integraram ao jeito carioquês de ser. Estou "cometendo" conscientemente vários lugares comuns, mas, fazer o quê? S.Paulo que me perdoe, mas a beleza e a faceirice do Rio são fundamental para o Brasil, principalmente neste momento em que o brio da galera está no máximo, o orgulho "tá bombando"!
Um jornal que não preciso nomear, pois todo mundo sabe qual, está promovendo uma pesquisa popular, em uma de suas colunas, de detalhes do jeito ca
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rioca de ser. Tem aparecido pérolas da memória, principalmente para os cinquentões, como eu, que viveram incontáveis verões na praia, nas piores horas de sol a pino, sem conhecer o "Ozônio", e sua famosa camada esburacada - no máximo Ozônio podia ser um primo de alguém, com nome estranho. Na praia, como estão lembrando os que escrevem para a coluna, só tinha mate de "torneirinha", que, se era feito com água politicamente correta, não sei, mas não morremos disso, talvez de câncer de pele, e biscoito Globo, um dos símbolos da "dolce vita" à beira-mar. Sandália havaiana;;coque com nó de cabelo; canga amarrada de mil maneiras - as melhores continuam sendo as compradas na praia, tem outro sabor!; se despedir com "A gente se vê" ou "Passa lá em casa", embora ambos saibam que talvez não se encontrem, ou em que dia, nem tenham trocado endereço; cantar parabéns junto com quem está comemorando aniversário no bar;fazer churrasco na laje, com sambinha batucado amadoristicamente;a árvore de natal na Lagoa (já tentaram imitar, mas não conseguem, pobres coitados!); enfim, eu poderia ficar aqui enumerando infinitamente.... Adoraríamos receber comentários com carioquices esquecidas.
O Rio está ressurgind
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o, de uma forma que nenhum de nós esperava, graças à competência e honestidade de um homem chamado Beltrame (não à toa seu segundo prenome é Mariano), e aos valorosos policiais honrados, que, felizmente, vem se destacando mais do que a banda podre. É preciso, porém, que o carioca, mesmo com seu estilo moleque, recupere a sua amabilidade - não falo de intimidade, a que somos dados um pouco desabridamente, derrapando na inconveniência. As pessoas andam se trombando na rua, esquecendo a educação em casa, e sorrindo menos. Deve ser o calor.
Praticar atitudes ecologicamente necessárias, com relação ao lixo, à poluição, etc, é muito importante. Mas o renovado amor pela Cidade (de novo) Maravilhosa deve restaurar o genuíno espírito de seus habitantes para a afabilidade levada a sério. Tão a sério quanto a vocação para o trabalho que temos, embora os adversários invejosos tenham espalhado o contrário. Não temos é culpa de trabalhar sentindo o cheiro do mar, ouvindo o batuque do samba, sentindo o calor do sol deste pedaço do Jardim do Éden. Bem Américo Vespúcio escreveu em sua carta, quando por estas águas navegou, que o jardim dos nossos primeiros pais teria sido aqui. Acertou!
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