Dezembro é o mês dos bons sentimentos. Os círculos sociais procuram se apaziguar nas confraternizações de fim de ano. Familiares se encontram, vizinhos promovem novenas e colegas de trab
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O sentimentalismo do fim do ano pode ser piegas, mas lembremos da arguta observação da Maria Teresa no texto da última quinta-feira: às vezes, pieguice pode ser verdade. O brilho efusivo dos néons e dos sorrisos que nos desejam felicidades e as árvores de Natal das portarias e dos supermercados são sinais de que há algum anseio comum no coração social.
As pessoas querem compartilhar belezas no fim do ano. O Natal é a demonstração de que a civilização ainda teima por alguma transcendência, por mais que os costumes permitam tantos narcisismos e hedonismos. Nesse sentido, por mais que seja passível de críticas, o sentimentalismo moderno do Natal é um sintoma de resistência do sagrado, tão precário e imbatível como a gruta de Jerusalém.
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