Por: João Carlos
Câmara Cascudo explica que as festas juninas têm sua origem nas comemorações pagãs pela chegada do verão no Hemisfério Norte.
Como nossos atuais reveillón e carnaval, os dias quentes iniciados no solstício
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Bem mais inocentes, nossas festas trocaram tais encontros pela representação de um casamento de interior, animada por quadrilhas, canções e comidas típicas.
As divindades pagãs foram substituídas por Santo Antônio, São João Batista e São Pedro, cujas memórias caem respectivamente nos dias 13, 24 e 29 de junho (ou o domingo seguinte).
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Santo Antônio acabou por atrair mais a atenção, especialmente do público feminino, devido à crença de ser casamenteiro. Nesse sentido, recebi as seguintes perguntas:
A fé reaparece na época da trezena de Santo Antônio?
Não é fé, é consciência do encalhamento.
Tem alguma simpatia para os encalhados?
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Os encalhados encalharam, ou porque a maré estava muito baixa, ou porque lhes faltou habilidade no timão. Por isso, se não dá para levantar âncora, sugiro fazer a dança da chuva. Tanto num caso quanto no outro é preciso ter jovialidade. Afinal, entregar-se por amor é coisa de gente que ainda não está apegada aos próprios esquemas. Quanto mais velho se fica, mais dificilmente se resolve essa questão…
Sinto pena dos que só “curtiram” e não se entregaram quando jovens, pois correm o risco de terminarem sós. Está aí um engodo da moda: trocar o amor por aventuras. Não há maior aventura do que comprometer-se.
Completo dizendo apenas o seguinte: o amor romântico sempre se verá ameaçado pelas decepções; a caridade jamais, porque não busca seu próprio interesse.
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