De Pe Paulo Monteiro Ramalho
“Sobre o ambie
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Ao falar deste tema, me vem à memória um texto que toca no cravo do que quero falar. Eis o texto:
A professora Ana Maria pediu aos alunos que fizessem uma redação sobre o que eles gostariam que Deus fizesse por eles. À noite, corrigindo as redações, ela se depara com uma que a deixa muito emocionada. O marido, nesse momento, acaba de entrar, a vê chorando e lhe pergunta: "O que aconteceu?". Ela responde: "Leia [Era a redação de um menino]".
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"Senhor, esta noite te peço algo especial: me transforma em um televisor. Quero ocupar o seu lugar. Viver como vive a TV de minha casa. Ter um lugar especial para mim, e reunir minha família ao redor... Ser levado a sério quando falo... Quero ser o centro das atenções e ser escutado, sem interrupções nem questionamentos. Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. E ter a companhia do meu pai, quando ele chega em casa, mesmo que esteja cansado. E que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de ignorar-me. E ainda, que meus irmãos briguem para estar comigo. Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo. E, por fim, que eu possa divertir a todos.
Senhor, não te peço muito... “Só quero viver o que vive qualquer televisor”. - "Coitado desse menino, disse o marido de Ana Maria. Nossa! que coisa esses pais!". E ela lhe observa: "Essa redação é do nosso filho".
Todos nós estamos de acordo que a televisão é um bem inquestionável: nos permite estar informados sobre os problemas do mundo, nos oferece um meio de entretenimento e lazer, etc. No en
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Que pena seria se:
- a televisão fosse uma ocasião de distanciamento familiar;
- a televisão fosse o centro da família, ao invés de ser cada uma das pessoas;
- a televisão recebesse mais atenção quando não está funcionando do que as pessoas da casa quando não estão bem;
- a televisão fosse o elemento ao redor do qual todos se unem, em vez daquele filho, daquela irmã que pode contar muitas coisas interessantes de como foi o dia;
- a televisão fosse o instrumento de descanso, de relaxar o stress, em vez da história divertida de algum familiar;
- a televisão fosse ouvida como ninguém na família;
- tivéssemos muito mais interesse em ouvir o que a televisão tem a dizer do que o que um familiar tem a dizer;
- nos largássemos diante da televisão numa atitude comodista e egoísta, pois é mais cômodo “ver o que queremos” do que “falar com quem devemos”.
O que podemos fazer?
- fomentar mais o diálogo familiar; quantos familiares conversam apenas com monossílabos!
- reunir, se possível, toda a família para conversar; este costume, que algumas pessoas têm, chama-se “tertúlia”; trata-se de reunir a família após o jantar, por exemplo, e sentarem todos fazendo uma roda e começarem a falar sobre qualquer coisa: coisas do dia, algum tema interessante que saiu no jornal onde cada um vai fazendo a sua apreciação, algum tema interessante do trabalho de cada um, uma aula simpática a que assistiu, u
- repensar se vale a pena que todos os familiares tenham uma televisão no seu quarto: sempre será uma ocasião de alheamento familiar, além de ser ocasião para assistir todas as baixarias vergonhas que passam na televisão (isto é extremamente daninho para os filhos; também para as pessoas mais velhas);
- não almoçar ou jantar com a televisão ligada ou assistindo à televisão se estamos com mais alguém.
Que alegria é uma família onde o ambiente é uma delícia, onde há fortes laços familiares! Mas não esqueçamos, isso só se consegue gastando tempo com as pessoas, conversando e conversando com elas.
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