Wednesday, February 27, 2013

Ser sogra não é mole

Calar, engolir, deixar passar, são coisas que a mãe tem que fazer para deixar que sua filha ou filho viva sua vida feliz com seu marido ou sua esposa.

A posição de sogra, e de sogro também, é de espectadores, com um único direito: aplaudir. Nada de críticas, implicâncias, opiniões, ainda mais quando  o casal tem filhos. Os "meus netos" não são propriedades dos avós, não são continuidade dos nossos filhos, são produto de um novo casal e devem ser educados por eles, pai e mãe.

A sogra deve ter por premissa sempre estar desarmada para ouvir os comentários da nora ou genro. Precisa ser sempre imparcial, e não tecer julgamentos antecipados.

Já vi sogra se queixando de nora e nora se queixando de sogra, e é sempre a mesma base: uma não respeita o espaço da outra.

Minha nora, no meu aniversário, fez uma brincadeira com uma foto de uma velhinha fumando charuto. Eu achei que tivesse sido meu filho, porque é muito brincalhão, e ela deixou que eu pensasse assim, talvez por medo de eu ficar aborrecida. Mas eu fico é feliz que ela possa ter essa intimidade de brincarmos uma com a outra, sem melindres ou aborrecimentos.

Ter a nora ou o genro como outros filhos é a parte boa do aumento da família, ninguém está “perdendo” filho ou filha para um estranho, e sim ganhando mais amigos ao seu lado, basta saber cativar.

 A técnica de fingir não ver e não ouvir muitas vezes é a melhor saída. Os dois pombinhos precisam se entender, pois sempre haverá algumas rusgas entre eles para aparar as arestas que existirem pela falta de conhecimento mútuo, ou pelos hábitos que cada um traz de suas próprias famílias.

É muito bom vermos nossos filhos também queridos por suas sogras e sogros, sendo tratados da mesma forma que tratamos os filhos deles, com carinho, amizade e delicadeza.

Conheço muitas mães jovens, (faço parte de alguns grupos de amizades onde falamos sobre tudo de família), e muitas delas se queixam constantemente das sogras e de alguns sogros também, por não respeitarem seu modo de criar seus filhos pequenos, e até de como se vestem ou cuidam de seus maridos e da casa. Isso significa muita falta de tato e de tolerância entre a família maior e os recém-casados, ou com filhos pequenos.

É de suma importância deixar a suscetibilidade de lado. E aí me lembro de uma figura com três macaquinhos, um de olhos tapados, outro de ouvidos tapados e o terceiro de boca tapada. Perfeito! Cada um representando o sentido que devemos guardar quietos quando lidamos com genro ou nora. E com sogro e sogra também!

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